sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sialoadenite/Sialoadenose/Necrose da glândula salivar

Etiologia:

A etiologia é desconhecida, mas esta doença, aparentemente, é
idiopática ou secundária a vômito ou regurgitação.


Aspectos Clínicos:

A doença pode causar um aumento de volume indolor com uma ou mais glândulas salivares ( geralmente a submandibular ).Em casos onde há inflamação substancial, os animais podem ser disfágicos.Há uma sí
ndrome em que o edema não inflamatório está associado ao vômito responsivo à administração de fenobarbital, esta doença, porém, não possui causa ou efeito estabelecidas.

Diagnóstico:

A biopsia seguida por citologia ou histopatologia confirma que a massa é composta por tecido salivar e determina a presença de inflamação ou necrose.


Tratamento:

Em casos onde há inflamação e dor substanciais, a remoção cirúrgica parece ser a alternativa mais eficaz.Se o paciente apresentar vômitos, deve - se procurar a causa subjacente.Caso esta seja encontrada, deve ser tratada com monitoramento do tamanho das glândulas salivares.Se não, o fenobarbital, em doses anticonvulsivas, pode ser administrado.

Prognóstico:


O prognóstico é, de modo geral, excelente.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sialocele

Etiologia:

As sialoceles são acúmulos de saliva no tecido subcutâneo causados pela presença de obstruções no ducto salivar e/ou por sua ruptura, com subsequente extravasamento de secreções.Muitos casos são, provavelmente, traumáticos, mas alguns são idiopáticos.

Aspectos Clínicos:


Um inchaço extenso, geralmente indolor, é encontrado sob a mandíbula ou a língua, ou ainda, às vezes, na
 faringe.As sialoceles da cavidade oral podem causar disfagia, enquanto aquelas localizadas na faringe muitas vezes produzem engasgamento ou dispneia.Se traumatizadas, as sialoceles podem sangrar ou causar anorexia, devido ao desconforto.

Diagnóstico:

A aspiração com agulha de grande calibre fornece um fluido espesso contendo alguns neutrófilos.Este fluido é, muitas vezes, semelhante ao muco, o que sugere fortemente sua origem salivar.Procedimentos radiográficos com contraste ( sialogramas com contraste ) definem, ocasionalmente, qual a glândula acometida.

Tratamento:
A massa é aberta e drenada; a glândula salivar responsável pela produção das secreções deve ser excisada.

Prognóstico:

O prognóstico é excelente, desde que a glândula correta seja removida.
Pneumonias virais : 

Prevenção:

A vacinação é a abordagem mais promissora para a prevenção, mas não há nenhuma vacina disponível atualmente.Em hospitais veterinários, nos abrigos de animais e outras instalações de canis, indica - se o isolamento imediato dos cães com manifestações de Influenza e adotando - se protocolos rígidos de isolamento.O vírus é rapidamente inativado pelos desinfetantes de
 rotina.A prevenção bem - sucedida da disseminação dos organismos depende de uma limpeza cuidadosa e desinfecção de mesas, gaiolas, comedouros e outros objetos com os quais os cães infectados tenham tido contato.Além disso, é necessária uma atenção rígida a detalhes, com relação a lavagem das mãos após contato com qualquer animal e o uso de material de proteção descartável ( por exemplo : luvas, botas, macacões ) quando se trabalha com cães infectados ou áreas contaminadas.As recomendações para agentes e trabalhadores de canis são fornecidas pela American Veterinary Medical Association.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pneumonias Virais: 

Diagnóstico:

O diagnóstico de Influenza canina deve ser considerado em todos os cães com tosse aguda até prova em contrário, pois a mesma é altamente transmissível aos cães susceptíveis.O diagnóstico de pneumonia é feito pela detecção de um padrão radiográfico broncointersticial, broncoalveolar ou ambos, em cães que apresentam manifestações compatíveis.Recomenda - se o lavado
traqueal para determinar o tipos de bactérias envolvidas e sua sensibilidade aos antibióticos.
A confirmação do diagnóstico de Influenza é possível por meio de diversos métodos: sorologia, ELISA para detecção de antígeno, isolamento do vírus e reação em cadeia da polimerase ( PCR ) para o RNA viral.A sorologia tem muitas vantagens comparadas a outros métodos, pois a coleta do sangue é simples, o soro resultante estável e a infecção pode ser detectada mesmo após o fim da eliminação do vírus.Porém, a confirmação rápida do diagnóstico não é possível por meio da sorologia, pois é necessário que haja aumento dos títulos de anticorpos para confirmar o diagnóstico.Resultados mais rápidos são possíveis com a detecção do antígeno e PCR.Dados preliminares de um estudo realizado por Spindel e cols. ( 2007 ), utilizando swabs nasais, indicam que a PCR é muito mais sensível na detecção do vírus do que a detecção ou isolamento do vírus do antígeno pelo ELISA.Outras amostras, submetidas para isolamento do vírus ou PCR, são os swabs faringeanos, o fluido do lavado traqueal ou tecido pulmonar.Os resultados de qualquer teste para detecção viral podem ser falsos negativos por causa do curto período de eliminação após o desenvolvimento das manifestações em muitos pacientes.Para obtenção de melhores resultados, as amostras são coletadas de cães febris, logo no início da doença.



Tratamento:

Em cães com a forma leve da doença a tosse geralmente persiste por várias semanas, mesmo quando tratadas com antibióticos e supressores da tosse.O corrimento nasal mucopurulento pode ser um resultado de infecção bacteriana secundária e responder a antibióticos.
Cães com pneumonia requerem um tratamento de suporte agressivo, incluindo fluidoterapia intravenosa se n
ecessário, a fim de manter a hidratação sistêmica ( e, portanto, das vias aéreas ).Tem - se isolado uma variedade de bactérias dos cães infectados, incluindo Strptococcus equi subsp. zooepidemicus e organismos gram - negativos resistentes a antibióticos comumente prescritos.Os antibióticos de amplo espectro deveriam ser prescritos inicialmente, podendo ser modificados posteriormente, baseando - se nos resultados da cultura e antibiograma e na resposta ao tratamento.As escolhas iniciais incluem a combinação de ampicilina com sulbactam e fluoroquinolona ou um aminoglicosídeo ou meropenem.

Prognóstico :
A maioria dos cães expostos ao vírus da Influenza será infectada.Os cães com a forma leve da doença se recuperarão completamente, embora a tosse possa persistir por até um mês.O prognóstico é mais reservado para cães que desenvolvem a forma mais grave da doença.Tem - se relatado uma mortalidade total < 5%.
Pneumonias Virais 

Influenza Canina:

O vírus da influenza canina parece ser uma adaptação recente de um vírus da Influenza equina.Tem - se encontrado evidências sorológicas que suportam a sua existência entre os greyhounds de corrida desde 1999.Portanto, a maioria dos cães é susceptível à infecção, independentemente da idade, e a disseminação entre os cães é rápida, ocorrendo pelo contato, espec
ialmente naqueles que vivem no mesmo ambiente.O vírus é transmitido pelas secreções respiratórias, sob a forma de aerossóis e pelos objetos contaminados, incluindo as mãos, vestuários, comedouros e canis.Acredita - se que os cães eliminem o vírus por até 10 dias após o aparecimento das primeiras manifestações clínicas e a eliminação também pode ocorrer em aproximadamente 20% dos cães infectados que nunca as demonstraram.

Aspectos Clínicos :

A doença é identificada com maior frequência durante os surtos entre os cães de um grupo que convivem no mesmo ambiente, como pistas de corrida e abrigo de animais.Os indivíduos frequentemente têm uma história recente ( geralmente na semana anterior ) de exposição a outros cães.As manifestações clinicas da Influenza canina, na maioria dos cães, são similares às da traqueobronquite infecciosa.Essa forma leve da doença causa tosse, que pode ser ruidosa e alta, típica da traqueobronquite infecciosa, porém, na maioria dos casos, é discreta e úmida.Alguns cães podem apresentar uma secreção nasal mucopurulenta concomitante, achado menos comum na traqueobronquite infecciosa.
Os cães com a forma grave da doença desenvolvem pneumonia peraguda ou após apresentar tosse por até 10 dias.É comum que ocorra infecção bacteriana secundária.As manifestações incluem febre, aumento da frequência respiratória, que progride para angústia e crepitações auscultáveis.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Epifisiólise

Doença do esqueleto caracterizada pela fratura do colo da cabeça do fêmur.

  • Ocorre principalmente em suínos jovens de idade entre 4 à 8 meses
  • Animais adultos : raro

    Etiologia

    • Não existem conhecimentos seguros sobre as causas primárias da doença.


    Fatores que contribuem para o surgimento da doença :

    • intensificação da criação
    • o confinamento
    • e o aperfeiçoamento do suíno tipo carne

    → Esses fatores causam um desenvolvimento muito rápido , promovendo uma pressão mecânica do peso da massa muscular sobre as articulações ainda imaturas.

    Aspectos Clínicos

    São encontradas duas formas de manifestações clínicas:

    • Aguda : aparecimento súbito de uma claudicação grave, no qual o animal procura não apoiar o membro doente; Animais jovens
    • Crônica: claudicação inicialmente discreta , agravando lentamente; Animais adultos.

    Os dois processos podem ser uni e bilaterais.


    Forma aguda unilateral

    O animal procura apoiar a ponta do casco sempre mais para frente e medial , enquanto que, quando os dois membros estão atingidos, o animal procura ficar deitado e realizar o mínimo de movimentos, levantando somente mediante a auxílio.
    Quando em pé, os membros posteriores permanecem juntos ou apoiados um à frente do outro, sempre na pontas dos cascos, alternando com frequência o apoio dos mesmos.Quando caminha o passo é encurtado, com apoio cruzado dos membros sempre em diagonal aos anteriores.A linha dorsal se apresenta arqueada, porque o apoio maior é transferido para frente.Em alguns casos, os animais andam apoiados, porque o apoio maior é transferido para frente.
    Em alguns casos, os animais andam apoiados nas articulações do carpo ou apoiam a mandíbula no chão.Após pequenos movimentos , estes animais procuram deitar devido a dor.

    Forma crônica uni ou bilateral

    É provável que , com o processo degenerativo primário, ocorra uma reação inflamatória que leva a claudicações leves e até médias.Os sintomas mais graves são observados somente quando ocorre a fratura e são semelhantes aos sintomas da forma aguda.
    Nestes casos, são observados ainda uma atrofia da musculatura do pernil dos membros comprometidos.
    → Principalmente nas formas agudas bem como nas formas crônicas bilaterais , os animais emagrecem rapidamente devido à diminuição do apetite e à dificuldade de deslocamento até o comedouro.

    Diagnóstico

    Pode ser feita através da observação dos sintomas , palpação, auscultação , raio x .

    • Para os exames da palpação e auscultação, o animal deve estar em decúbito lateral e sedado e anestesiado.
    • Na epifisiólise , pode ser sentida ou auscultada a crepitação.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Medicação Pré - Anestésica em Animais Domésticos - MPA

Butirofenonas


Ação Farmacológica


Presença de tremores, às vezes de reação espásticas
Possui efeito anti - emético
Promove vasodilatação periférica - Bloqueia Receptores Alfa - Adrenérgicos
Interfere no centro termorregulador - Hipotermia

Fármacos : Doperidol e Azaperone

Droperidol


Ação farmacológica em três minutos, quando aplicada EV, com efeito máximo de 20 a 30 minutos e duração de até 3 horas
Efeito semelhante às Fenotiazinas
Boa sedação e tranquilização
Queda na atividade motora
Ampla margem de segurança
Em doses ( acima 10 mg/kg ), provoca hiperirritabilidade
Tem efeito antiemético da apormofina
Possui efeitos bloqueadores adrenérgicos, prevenindo arritmias causadas pela epinefrina
Administração EV causa queda da pressão arterial e do volume sistólico
Empregado em neuroleptoanalgesia associado ao Fentanil

Dosagem : Mais utilizado em Pequenos animais = 1 a 2 mg/kg

Azaperone


Reduz reações a estímulos externos, tais como táteis, odores, ruídos e estímulo doloroso
Utilizado para tranquilização de suínos

Dosagem : Suínos = 1 a 4 mg/kg -IM profunda